
Projeto do “Infância Protegida” orienta sobre educação com bons tratos
Fico pensando nas crianças de hoje, pois os pais têm usado como justificativa de ausência o trabalho, que para darem o melhor aos filhos precisam trabalhar em excesso. Não sabem que o que mais tem desestruturado as crianças é a ausência dos pais e não a falta de conforto, de roupas, de um celular e etc. Trocaram a presença pelos presentes!
Os filhos estão sendo “educados” pelos meios massivos de comunicação, o que os tornam insensíveis, vulneráveis, doentes emocionalmente, com comportamentos antissociais (rebeldia, intolerância, desatenção, hiperatividade, isolamento), transtornos de aprendizagem, entre outros transtornos comportamentais e psicológicos.
Se queremos um mundo melhor, precisamos entender que a única forma de aprender a “ser humano” é por meio das relações estabelecidas pela troca de afeto, atenção e amor. Cada dia mais, os pais conhecem menos seus filhos. As crianças passam mais tempo na escola, na casa de terceiros, diante de mídias, do que com aqueles que, de fato, devem ser responsáveis por elas. E é muito preocupante que, no pouco tempo em que estão em casa, os pais querem cobrar dos filhos uma educação que eles não lhes deram. Até quando?
A instituição familiar nunca foi tão banalizada como atualmente. A família é a base / fundamento da sociedade. Se continuarmos permitindo que o fundamento seja destruído, onde estabeleceremos as estruturas?
Pensando nessa realidade, o Ministério “Educar com bons tratos”, uma das ações do Espaço Infância Protegida, tem por objetivo despertar uma reflexão sobre as modalidades de relacionamento intrafamiliar com o propósito de promover uma comunicação mais efetiva, expressão do amor na família, educação eficaz, resolução de conflitos de forma pacífica, reconhecimento e aceitação das diferenças e uma convivência familiar mais harmônica. O projeto surgiu da necessidade de oferecer ferramentas práticas às famílias, ajudando-as a realizar uma educação saudável de maneira consciente e estabelecer limites e disciplina, a partir dos princípios estabelecidos por Deus. O intuito do ministério é gerar a conscientização de que é possível educar sem violência, partindo do princípio de que a violência não é algo natural, nem inevitável, mas, sim, um comportamento aprendido. Alícia Casas, coordenadora do programa CLAVES da Juventude para Cristo do Uruguai, alerta: “Ainda não sabemos como seria o mundo se uma geração inteira fosse criada sem violência”.
Assim, por meio das informações disponibilizadas, almeja contribuir para que os pais e todos que estão envolvidos com crianças desenvolvam uma escuta sensível e tenham um olhar atento às necessidades essenciais delas, enfatizando a capacidade que eles têm de atuar na resolução dos conflitos e desafios atualmente enfrentados no convívio familiar. Visa também auxiliar no cumprimento de seus papéis para que ofereçam às crianças uma boa educação.
O Ministério “Educar com bons tratos” vem sendo elaborado há mais de um ano. Dessa forma, o trabalho será desenvolvido por meio de palestras e o curso de capacitação “Bons tratos em Família” – oficinas lúdicas para pais, mães ou outros referentes familiares e pessoas que trabalham em diferentes âmbitos: escolas, igrejas, ONGs, centros comunitários e todos que, direta e indiretamente, estão envolvidos com atividades relacionadas à família e à defesa da infância. O projeto conta com o apoio e supervisão do pastor Washington de Sá, da pastora Virgínia Prado e de Ivan Ferreira. No mês de julho, entre os dias 4 e 6, está prevista a realização do curso de capacitação “Bons tratos em família”. Prepare-se e envolva-se!
Outras informações: Espaço Infância Protegida, à Rua Araribá, nº 533, Bairro São Cristóvão – BH/MG.(31) 3421-5018 / 98478-4764 (Josileide Paz) /claves@infanciaprotegida.com.br.
::Fonte: Lagoinha