
Porque eu sei que o meu redentor vive e por fim se levantará sobre a terra (Jó 19:25).
O apóstolo Paulo estava no corredor da morte, na antessala do martírio, preso numa masmorra romana. Convencido de que a hora do seu martírio havia chegado, em vez de ficar desesperado, escreve para Timóteo com singular lucidez: … ESTOU SENDO OFERECIDO POR LIBAÇÃO, E O TEMPO DA MINHA PARTIDA É CHEGADO (2 Tm 4. 6b). No mesmo entendimento de Paulo não era Roma que iria matá-lo; era ele mesmo quem iria oferecer-se a Deus em sacrifício. Isso porque, em seu entendimento, a morte tinha três importantes significados, de acordo com o sentido da palavra “partida” em grego: 1) remover o fardo das costas de uma pessoa: para o cristão, morrer é descansar de suas fadigas; 2) desatar um bote, singrar as águas do rio e navegar para a outra margem: para o cristão, morrer é fazer a última viagem da vida, rumo ao porto divinal; 3) afrouxar as estacas de uma barraca, levantar acampamento e ir para sua casa permanente: para o cristão, morrer é mudar de endereço, é ir para Casa do Pai. Paulo não tinha medo de morrer, porque sabia em quem havia crido e para onde estava indo. Não precisamos, de igual modo, temer a morte. Ela já está vencida. JESUS JÁ TIROU O AGUILHÃO DA MORTE. Jesus já matou a morte por sua própria morte e ressurreição. Agora, a morte, o último inimigo a ser vencido, o rei dos terrores, não tem mais poder sobre nós. A morte não tem mais a última palavra. Tragada foi a morte pela vitória!
Autor: Hernandes Dias Lopes