
Mosquito Aedes aegypti, transmissor da zika; há 1.113 casos confirmados de microcefalia no Brasil, segundo Ministério da Saúde
A agência de saúde do governo dos Estados Unidos anunciou na última quarta-feira ter encontrado provas de que o vírus da Zika causa microcefalia e outras graves más-formações em bebês.
É a primeira vez que um estudo publicado em periódico científico de grande relevância internacional (no caso, o New England Journal of Medicine) confirma a relação do vírus com a microcefalia.
“O estudo marca um ponto de virada na epidemia do Zika. Está claro que o vírus causa microcefalia”, disse o diretor dos Centros de Controle de Doenças e Prevenção (CDC na sigla em inglês) americanos, Tom Frieden, em comunicado emitido pelo órgão.
Para chegar à conclusão, a agência analisou uma série de pesquisas sobre o tema. O CDC afirma que “crescentes indícios de uma série de estudos recentemente publicados e uma avaliação cuidadosa, usando critérios científicos estabelecidos, embasam as conclusões dos autores”.
Ao menos 40 países já registraram contágios pelo Zika. No Brasil, epicentro da epidemia, mais de 7 mil casos de suspeita de microcefalia foram notificados desde o início do surto, em outubro. Desses casos, 1.113 foram confirmados.
Segundo a pesquisa do CDC, uma mulher que se infecte com o Zika durante a gravidez tem mais riscos de ter um bebê com microcefalia e outras graves más-formações no cérebro. Mas isso não significa que todas as mulheres infectadas com o vírus na gravidez terão bebês com esses problemas, diz o centro.
Fonte: BBC Brasil