
Pois eu serei, diz o Senhor, um muro de fogo em redor e eu mesmo serei, no meio dela, a sua glória (Zc 2:5).
Deus é nosso protetor e nosso deleite. Nosso escudo e nosso maior prazer. DEle vêm nossa proteção e nosso contentamento. O profeta Zacarias profetizou após o cativeiro babilônico. O povo já tinha voltado para sua terra. A cidade de Jerusalém estava ainda vazia e cercada de inimigos. O desânimo havia tomado conta do povo. É nesse contexto que o profeta anuncia que a cidade seria habitada e que Deus seria ao seu redor como muro de fogo e no meio dela a sua glória. Duas verdades são aqui destacadas. A primeira é que Deus é o protetor do seu povo. Um muro de fogo é uma cerca intransponível, uma muralha inexpugnável. Ninguém pode destruir ou condenar o povo de Deus quando o próprio Deus é seu defensor. O apóstolo Paulo pergunta: Quem intentará acusações contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita Deus e também intercede por nós (Rm 8:33,34). A segunda verdade é que Deus é o deleite de seu povo. A glória de Jerusalém não estaria em seus palácios magnificentes, suas torres altaneiras, seu templo suntuoso, mas na presença de Deus em seu meio. Deus é a herança do seu povo, sua recompensa, seu prazer, sua glória. Na presença de Deus há plenitude de alegria. À destra de Deus há delícias perpetuamente. Deus é melhor do que suas bênçãos. Ele mesmo é a nossa glória.
Autor: Hernandes Dias Lopes