
Esse jeito esquisito que Jesus tinha de preferir os piores me faz parar para pensar em como sou estranho. Um submarino mergulhado no mar da santidade, mas com o pescocinho de fora, de olho na vida dos outros, investigando cada passo, como se Deus me desse o direito de cuidar da vida dos outros. Aliás, Ele me deu esse direito, mas, lamentavelmente, faço o uso da forma contrária.
Nessa pressa de encontrar defeitos, não consigo parar para enxergar os avessos e encontrar o que há de bom, aquilo que os olhos não podem ver.
Fico de olho na vida dos outros, cheio de pedras nas mãos, mas não procuro amar, tentar ver o que o outro está passando, quais as dificuldades, os impedimentos, as lágrimas presas na alma, as noites sem dormir, os problemas.
Em vez de julgar o outro, de ficar de olho procurando erros, defeitos, escorregões, eu preciso mergulhar em um território oculto e escuro chamado EU. Neste território eu preciso me deparar com as imperfeições e pecados que habitam em mim. Ah, e como tenho imperfeições!
Quando descubro as minhas impossibilidades, fragilidades e imperfeições, eu “desço do salto” e reconheço o peso da minha cruz.
Eu só consigo enxergar o outro quando deixo de ver o que é superficial e mergulho no interior de pessoas que clamam pelo meu auxílio, que esperam o meu abraço, e que, por verem Deus em mim, esperam que eu faça aquilo que Jesus faria. Esperem que eu ame. Que eu aprenda a enxergar os avessos e, em vez de ser um submarino, que eu seja um distribuidor de amores… de abraços… de sorrisos… de paz!
As pessoas esperam que eu reflita a imagem de Deus. E, quando falo de Deus, a primeira palavra que lembro é AMOR! Simples assim!
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:: ISAAC IOSEPH
FONTE: Lagoinha